No dia 01 de julho o Ecomuseu do Corvo organizou, no espaço cultural multiusos, a apresentação do livro de Diana Gomes, com fotos de Rui Caria “Ultramar na Pele”.
A data para apresentar este livro foi escolhida por ser o dia do nascimento de Salgueiro Maia e, assim, homenagear esse Capitão de Abril e todos os combatentes do Ultramar, com destaque para os combatentes naturais da Ilha do Corvo, tanto os que sobreviveram ao conflito, como os que lá pereceram.
Neste evento, ao qual a comunidade aderiu com grade entusiasmo, pudemos contar com um momento musical, protagonizado pelos mais jovens e, também, com uma apresentação da jovem, neta de um combatente do ultramar, Diana Cabeceira, sobre Salgueiro Maia e a Guerra do Ultramar, com o objetivo de homenagear o Capitão de Abril e, também, contextualizar a apresentação do livro.
Queremos aqui agradecer a todos os que connosco participaram neste evento e à comunidade muito agradecemos o carinho e a forma como, diariamente, colaboram com o Ecomuseu do Corvo.
O Ecomuseu somos todos nós e a forma como preservamos e divulgamos as nossas tradições e o nosso património. Mas a atividade do Ecomuseu do Corvo não se restringe apenas à promoção e preservação da nossa identidade. Interessa-nos proteger e divulgar todas as criações de carácter artístico e cultural, seja qual for a sua origem geográfica, pois a cultura e a defesa do património não têm fronteiras.
O livro de Diana Gomes, com fotos de Rui Caria, aborda as tatuagens dos soldados portugueses que combateram, entre 1961 e 1974, na Guerra Colonial portuguesa, que representam tudo o que as tatuagens de guerra representaram ao longo da História.
É um livro que preserva a memória dos combatentes. Memórias que são deles mas que são também de todos nós, pois somos os seus filhos e os seus netos.
Author: Deolinda RM Estevão
150 anos Casa do Espírito Santo
O Ecomuseu do Corvo inaugurou, no dia 24 de maio, uma exposição de fotografias comemorativa dos 150 anos da Casa do Espírito Santo do Corvo, que ficará patente, até ao final do ano, naquele espaço que se localiza no Largo do Outeiro, no Núcleo Antigo da Vila.
As visitas podem ser feitas de segunda a sexta-feira, entre as 14h00 e as 16h00, ou noutros dias mediante contacto prévio com os serviços de apoio técnico ao Ecomuseu, através de contacto telefónico para o número: 292596063.
Esta exposição, constituída por 50 fotografias, pertencentes ao Arquivo Fotográfico do Corvo, procura homenagear esta tradição secular e refletir a evolução que ocorreu ao longo das décadas, naquelas que são as manifestações associadas ao Culto do Espírito Santo na mais pequena ilha dos Açores e que remontam aos primórdios do povoamento.
Dia Aberto dos Moinhos
No âmbito do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, decorreram no passado dia 18 de abril, as comemorações do Dia Aberto dos Moinhos de Vento.
Neste dia procurou-se dar vida e chamar a atenção para o inestimável valor patrimonial dos nossos moinhos tradicionais, valorizar as memórias e as tradições a ele associadas, garantindo a sua salvaguarda, e em simultâneo criar processos educativos e de capacitação da comunidade.
Realizou-se a abertura ao público, dos tês moinhos de vento que vão estar a funcionar em fases distintas do seu processo de funcionamento, dando a conhecer à comunidade e principalmente aos mais jovens, todo o processo de moagem nos moinhos, desde a montagem das velas, rodar a carapuça e fixá-la, a moer, travar e controlar o grão da moagem, culminando no ensacar da farinha, pesar e pagar ao moleiro.
Em simultâneo esteve patente uma exposição fotográfica, com fotografias alusivas ao ciclo dos cereais, bem como uma exposição de réplicas em miniatura de moinhos, atafonas e eiras.
Obrigada a todos os que participaram, visitando os moinhos e a exposição. Aos proprietários que foram incansáveis para colocar os moinhos a funcionar, a todos que ajudaram, direta e indiretamente, e a todos que contribuem para que a memória de tempos antigos perdure.