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Património Imaterial

Falar Corvino – Recolha participativa do léxico

O Ecomuseu do Corvo dá continuidade à atividade de recolha participativa e sistematização do léxico corvino, intitulada “Falar Corvino”.
Com esta atividade, iniciada em 2022, sustentada no conhecimento da comunidade corvina, pretende-se conhecer o património linguístico da ilha e garantir o seu registo e divulgação às gerações vindouras.
Pretende-se, também, estudar as transformações ocorridas, ao longo do tempo, no léxico corvino e as suas influências, bem como encontrar semelhanças e diferenças com as restantes ilhas dos Açores.
Esta atividade decorre paralelamente com a recolha participativa do património móvel do Corvo, pois o léxico está associado, também, às atividades e utensílios ligados à tecelagem, à agricultura e à pesca.
Simultaneamente, têm sido realizadas ações que veiculam a transmissão e capacitação da comunidade, bem como ações educativas junto da comunidade escolar.
Todas as recolhas estão a ser organizadas e divulgadas online no seguinte link: https://padlet.com/ecomuseu/5zdomsu4rcejijqy
O Ecomuseu agradece todos os contributos e a forma como a comunidade residente, e não residente, na ilha participa ativamente.
Lembrar o léxico corvino e explorar o seu significado é manter vivo o património linguístico, uma herança a preservar.

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Oficinas e Workshops

A Hora da Barreta

Estão abertas as inscrições para a frequência da 2.ª edição formação: “A Hora da Barreta”.
Para participar neste workshop em Barretas do Corvo só necessita inscrever-se.
Quem já se inscreveu no ano transato deverá inscrever-se novamente para nos indicar qual o local da sua preferência para frequentar este curso, uma vez que o mesmo será dinamizado, em simultâneo, no Multiusos e na Casa da Memória.
O curso é gratuito e decorre, à quarta-feira, entre as 16h00 e as 17h00,
Para mais pormenores e inscrições basta seguir o seguinte link:
https://forms.office.com/e/bwubj05Jbm?origin=lprLink
Com esta ação, iniciada em dezembro de 2023, o Ecomuseu pretende preservar o saber fazer.
Trata-se de uma ação prolongada no tempo, que desenvolvemos semanalmente, à quarta-feira, com a duração de apenas uma hora, onde os inscritos podem comparecer conforme a sua disponibilidade.
Pretende-se, assim, transmitir a arte de produzir a típica barreta do Corvo e capacitar a comunidade para a importância da preservação deste património único.
A barreta do Corvo é o resultado de uma necessidade que se aliou à capacidade de criação de um povo que, desde cedo, se viu entregue a si próprio.
Sendo a lã a única matéria-prima na ilha que permitia a confeção do vestuário, também a barreta era feita naquele material, agasalho perfeito para combater o frio nos invernos rigorosos.
Supõe-se que o modelo e a técnica de confeção terão sido transmitidos aos corvinos a bordo das baleeiras americanas que, desde o século XIX, cruzavam os mares dos Açores e aportavam à ilha para fazer a aguada e recrutar homens para as tripulações. Durante as longas viagens no mar alto, estes homens terão aprendido a tricotar e, uma vez regressados, terão transmitido a técnica às suas esposas que passaram a ser as responsáveis pela produção das barretas.
Tal como tem vindo a acontecer pretendemos articular esta atividade com os nossos anciãos, durante a atividade “Encontros com Memória”, com o intuito de com eles reavivarmos memórias de tempos antigos e aprendermos mais sobre este elemento único do património da ilha do Corvo.
Agradecemos o interesse da comunidade pela preservação do património do Corvo!

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Divulgação

A Peça do Mês

No âmbito do inventário participativo do Património Cultural do Corvo damos continuidade em 2025, à atividade: “A peça do mês”.
Pretende-se com esta atividade destacar e divulgar o rico Património móvel ainda existente na ilha do Corvo e, em simultâneo, gerar processos de debate e recolha participativa de informação junto da comunidade.
Para acompanharem o resultado do trabalho, iniciado em 2022, deixamos o link das informações recolhidas da “Peça do Mês

A participação e contributos de todo são muito importantes!

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Divulgação

Grupo de colaboradores do Ecomuseu

Grupo de Colaboradores do Ecomuseu do Corvo

“Os Grupos de [colaboradores] de Museus e Monumentos são associações sem fins lucrativos, constituídos por pessoas individuais ou coletivas que decidem desenvolver iniciativas e atividades em prol do estudo, inventário, preservação e valorização dos bens imóveis e móveis geridos pelas entidades museológicas e patrimoniais.
De um modo geral, [estes Grupos], através do trabalho voluntário e do mecenato, têm como objetivos da sua atividade o enriquecimento das coleções, a promoção de investigação, a realização de exposições, a edição de publicações, o desenvolvimento de ações de formação, a defesa do património próprio e o existente nas áreas envolventes de museus e monumentos e a cooperação com outras entidades empenhadas na defesa e valorização do Património Cultural.”
in, Direção-Geral do Património Cultural (DGPC)
Consideramos, assim, da máxima importância dar continuidade à dinamização de um grupo de colaboradores do Ecomuseu do Corvo que possa contribuir para o desenvolvimento local, preservação e valorização do Património e da Memória Histórica da ilha do Corvo. Um Património que é de todos nós!
Se ainda não faz parte deste grupo preencha, por favor, o presente formulário ( https://forms.office.com/r/64jqpPxMZn). O tratamento dos dados pessoais será limitado à finalidade para a qual os dados são recolhidos.
Objetivos:

  • Divulgar o trabalho do Ecomuseu e o Património corvino nas suas múltiplas vertentes e dimensões;
  • Criar uma rede de colaboradores que possa contribuir, de acordo com as suas aspirações, conhecimento e experiência, para o trabalho do Ecomuseu;
  • Assegurar o envolvimento da comunidade nos processos ecomuseológicos;
  • Incentivar à apropriação consciente do Património, por parte da comunidade que é sua herdeira;
  • Contribuir com ideias de projetos que possam promover a valorização, salvaguarda e transmissão do património corvino, com vista ao desenvolvimento local que o Ecomuseu prevê.
    Sendo este um Museu de Território, onde a Comunidade é a protagonista, é nosso dever garantir e incentivar o envolvimento desta, pois também eles são os atores no processo dinâmico que é o Ecomuseu. Assim, propõe-se a ampliação de uma “rede de amigos e colaboradores” que inclua todos aqueles que entenderem colaborar e trabalhar com a equipa do Ecomuseu nas várias ações e projetos que se pretendem desenvolver.
    As “novas” práticas museológicas e, em particular, o nosso Ecomuseu tem assumido um papel importante na conservação e valorização do património natural e cultural nas suas diferentes vertentes e, também, nos processos de desenvolvimento do território que se vão alargando continuamente, e que incluam todos aqueles que entenderem colaborar e trabalhar com a equipa do Ecomuseu. O Ecomuseu do Corvo assume-se como um verdadeiro centro de conservação da Memória e da Identidade cultural da Ilha do Corvo e dos seus habitantes. O seu contributo e colaboração são muito importantes para o Ecomuseu, pois o Ecomuseu somos todos nós!
    Obrigada por colaborar e contribuir para que o Ecomuseu do Corvo prossiga a sua Missão!
    A equipa do Ecomuseu do Corvo
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Boas Festas

A toda a Comunidade, amigos, parceiros e colaboradores do Ecomuseu do Corvo desejamos Boas Festas e agradecemos a confiança e o apoio.

O Ecomuseu somos todos nós!

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Património

A tecelagem na ilha do Corvo – De Memória a Património Imaterial

Falar do dia da lã é lembrar uma tradição corvina que se extinguiu na segunda metade do séc. XX, mais concretamente em 1969, mas que ainda prevalece na lembrança de alguns corvinos.

Findo o dia da lã afigurava-se, mais do que evidente, o fim da tecelagem no Corvo. Um ofício que perdurou durante séculos e que foi essencial à sobrevivência da comunidade corvina.

Deste património imaterial pouco restou para além dos lugares e objetos de memória, e dos testemunhos orais, que fazem parte da História não visível da ilha e da memória da sua comunidade.

Com a colaboração de diversos agentes, onde a comunidade assume um papel muito importante, o Ecomuseu do Corvo tem vido a desenvolver, desde 2022, um considerável número de ações de recolha e capacitação da comunidade, que vão desde a identificação e mapeamento de locais onde se tosquiava, cardava, tingia, apisoava, urdia e tecia; ao inventário dos utensílios que ainda existem na ilha associados à tecelagem, dando assim voz à narrativa discursiva e visual dos seus habitantes e procurando os elementos tangíveis que caraterizam a comunidade, no que diz respeito ao trabalho associado ao ciclo da lã; à recriação do “Dia da lã” e à realização de várias ações de formação dedicadas à tecelagem.

É por isso que, com muito orgulho, podemos dizer-vos que após estes processos formativos e de capacitação temos hoje uma tecelã a tecer no Corvo.

A Zita Mendes ficará para a História do Corvo como a primeira de muitas que a seguir virão, não temos dúvidas, que revitalizaram um saber extinto, que pertencia à memória coletiva da comunidade, para o transformar em Património Imaterial.

A Zita está, desde o dia 09 de julho, credenciada no CADA (Centro de Artesanato e Design dos Açores) como artesã da ilha do Corvo dedicada à tecelagem.

Como diz o nosso formador em tecelagem, Fernando Pereira, “Com passos decididos se faz uma boa caminhada”.

Obrigada a todos e todas que têm participado e colaborado nesta caminhada!

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50.º Aniversário do 25 de Abril

Projeto digital “Da Sombra ao Cravo – O 25 de Abril pelos Olhos do Património Cultural”

Esta iniciativa, que compreende uma aplicação para telemóvel e uma publicação em formato digital, disponíveis no portal Cultura Açores, constitui um recurso educativo não formal e pretende, através de uma seleção de peças e documentos, nem sempre acessíveis ao público, pertencentes aos Serviços de Promoção Cultural (oito museus, um ecomuseu, três bibliotecas e arquivos regionais, um centro de artes), contar a história dos principais acontecimentos políticos do século XX, que conduziram ao 25 de Abril.

Resultando da investigação efetuada por estes Serviços e disponibilizada nas plataformas de acesso público (CCM – Catálogo Coletivo de Museus, Koha e Archeevo), este trabalho vai também ao encontro da temática escolhida pelo ICOM – International Councilof Museums para 2024, a saber, “Museus para a Educação e Investigação”.

Read more: Projeto digital “Da Sombra ao Cravo – O 25 de Abril pelos Olhos do Património Cultural”

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Projetos

Projeto Erasmus+ Apoio à mobilidade de estudantes em estágio de trabalho (work placements)

O Ecomuseu do Corvo está a colaborar, enquanto instituição de acolhimento, num projeto Erasmus + de apoio à mobilidade de estudantes estrangeiros, em estágios de trabalho (work placements).
Desde o início do mês de julho que temos connosco uma estudante de mestrado, de nacionalidade italiana, que estuda na Universidade de Lund, na Suécia.
Chama-se Nicole e tem participado, de forma muito entusiástica, nas atividades do Ecomuseu, não só como observadora, mas também como participante.
A Nicole manifesta interesse em contactar com a comunidade da ilha do Corvo, aprender mais sobre a nossa cultura, com o objetivo de encetar um trabalho de investigação, para a redação da sua dissertação de mestrado em análise cultural.
É uma jovem muito simpática, curiosa e empenhada.
Já está a aprender a fazer a nossa típica barreta e, nas próximas semanas, pretende estabelecer um contacto mais próximo com a comunidade para recolher mais informação sobre as nossas tradições e sobre a nossa História.
Para o Ecomuseu do Corvo é muito gratificante poder dar apoio a estes jovens estudantes que, constantemente, nos contactam para com eles colaborarmos.

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News

Informação: Apoio a Atividades Culturais (RJAAC)

O prazo para apresentação de candidaturas para o próximo ano decorre até 30 de setembro e as candidaturas das Danças e Bailinhos devem ser apresentadas entre 1 de janeiro e 14 de fevereiro de 2025.

O prazo para a apresentação de candidaturas para a bolsa de estudo e de formação para a categoria Audiovisual e Multimédia decorre até 31 de agosto de 2024 e a bolsa de criação artística para a categoria Audiovisual e Multimédia, entre 1 e 31 de agosto de 2024.
Para mais informação poderá ser consultado o espaço “Apoios – Legislação e Formulários” da DRC: http://www.culturacores.azores.gov.pt/documentos/?categoria=9
O Ecomuseu do Corvo está disponível para ajudar os potenciais candidatos na formalização das suas candidaturas.

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Património

Inauguração da Casa da Vegia

No dia 27 de junho foi inaugurada, por S. Ex.ª o Presidente do Governo Regional dos Açores, S. Exa. a Secretária Regional da Educação, Cultura e Desporto e S. Exa. a Secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, mais uma estrutura física do Ecomuseu do Corvo: A Casa da Vegia.
Vegia por ser este o nome original constante no registo predial, para não ser confundido com Vigia, nome associado às vigias da baleia, que também existiram no Corvo, mas não neste local.
Este é um espaço de eleição para um primeiro olhar para o Núcleo Urbano Antigo da Vila do Corvo (NAVC).
Este novo espaço, localizado sobre a arriba do porto da Casa, faz a ligação entre a Canada da Rocha e a rua da Matriz, através de uma área pública onde se situam várias eiras.
Deste espaço, pode-se contemplar a estrutura urbana, organizada sobre a falésia, subindo em cascata pela encosta do vulcão.
Na Casa da Vegia foi colocada uma maqueta do Núcleo Urbano Antigo, que introduz o visitante pelos diferentes espaços públicos da vila do Corvo.
É também a partir deste espaço que o visitante é encaminhado para a Casa do Tempo, primeira estrutura física visitável do Ecomuseu do Corvo.