Na interrupção letiva da Páscoa o Ecomuseu do Corvo assinalou no dia, 25 de março, o 50.º aniversário do 25 de Abril com uma peça de teatro, transmitida via zoom e apresentada pela companhia de teatro profissional “TeatroEduca”, intitulada “25 de Abril – História de uma Revolução”.
Trata-se de uma peça de teatro pedagógica (destinada a um público em idade escolar) que conta a História da Revolução que derrubou, quase sem derramamento de sangue e sem grande resistência das forças leais ao Governo, o regime ditatorial herdado de Oliveira Salazar. Nesta peça são também abordados os temas do Marcelismo, até à entrada em vigor da Constituição de 1976.
Com esta atividade pretende-se que os alunos consigam distinguir situações de vivências em ditadura e em democracia, identificar as razões que conduziram à Revolução do 25 de Abril de 1974, conhecer e valorizar a ação das principais figuras da Revolução e desenvolver atitudes e comportamentos de respeito, tolerância e defesa da liberdade.
Autor: Deolinda RM Estevão
A Secretaria Regional da Educação e Assuntos Culturais, através do Ecomuseu do Corvo, colaborou com com a Secretaria Regional da Saúde e do Desporto e com o Exército Português na Instalação de um Hospital de Campanha na sala do Multiusos do Corvo, entre fevereiro e dezembro de 2023, enquanto decorreram as obras de reabilitação do edifício da Unidade De Saúde da Ilha do Corvo.
Esta parceria foi essencial para se garantir a continuidade dos cuidados de saúde na ilha do Corvo e constitui-se como mais um marco na História da ilha em que, mais uma vez, a população contou com a preciosa ajuda do Exército Português.
Com o objetivo de estudar, recolher e devolver a herança cultural do Corvo às suas gentes, o Ecomuseu do Corvo promoveu, pelo terceiro ano consecutivo, a Campanha do Património da Ilha do Corvo.
Os trabalhos decorreram entre os dias 25 a 28 de setembro, numa parceria com o Centro do Património Móvel, Imaterial e Arqueológico dos Açores, à semelhança do que sucedeu nos anos 2021 e 2022, aquando das prospeções arqueológicas realizadas na zona do “Engenho”, no moinho do Caldeirão, no património subaquático, nas ações de restauro do tear típico do Corvo e da conservação preventiva de vários objetos do património móvel da ilha do Corvo.
Este ano, o Ecomuseu deu continuidade à formação na área da conservação e restauro do património cultural móvel, contando para tal com a presença de Paulo Silveira, especialista nas áreas de marcenaria, carpintaria especializada e restauro em madeira. O mesmo orientou uma formação interna, com a equipa do Ecomuseu e apresentou esclarecimentos junto da comunidade, tendo estado a trabalhar, para esse efeito, em regime de porta aberta, no Gabinete de Apoio Técnico ao Ecomuseu, localizado na Canada do Graciosa, das 09h30 às 12h30 e das 13h30 às 17h30.
A equipa de arqueologia regressou ao Corvo, este ano, com uma nova missão. Desta feita focada na recolha de novos dados relacionados com o património arqueológico da ilha do Corvo. Neste âmbito, entre outras ações de trabalho de prospeção, de arquivo e de informação, a desenvolver junto da comunidade, foi realizada uma palestra, aberta a toda a comunidade, sobre a importância da antropologia ligada à arqueologia. Isto no âmbito da procura do passado da ilha e das suas gentes.
No dia 09 de setembro, pelas 21:30, o Ecomuseu do Corvo dinamizou a 2.ª edição das “Noites de Rua cheia”, no Largo do Outeiro, onde João Moniz atuou no âmbito da sua tour “Sou Filho da Terra e do Mar” – 2023.
João Moniz é um cantautor Açoriano, nascido na freguesia de Ponta Garça, na ilha de São Miguel. Conta já com dois trabalhos de originais: EP Saudade (2020) e Depois da Saudade (2022). O seu trabalho tem sido apresentado em alguns dos maiores palcos dos Açores e não só, destacando-se o MEO Sudoeste 2019, o Coliseu Micaelense, o Teatro Micaelense, o Monte Verde Festival e o Bliss Vibes.
“… tenho saudades da bruma
que faz das nove ilhas uma…”
– “Saudade” – João Moniz
São os temas desta tour pelo arquipélago que pretende criar uma ponte, através das suas canções, entre as nove ilhas dos Açores.
Com esta atividade o Ecomuseu do Corvo pretendeu proporcionar, a toda a população do Corvo e a quem nos visita, uma oferta cultural e recreativa, através da dinamização de espaços públicos de memória e de interesse patrimonial.
+ Inf
Ouvir João Moniz: “Saudade” – https://www.youtube.com/watch?v=StDtT07b_ns
Exibição do filme “Entre Ilhas”
Exibição no Corvo do filme-viagem “Entre Ilhas” com a presença da realizadora e antropóloga visual Amaya Sumpsi.
27 de agosto, pelas 21h00| Centro de Convívio da Santa Casa da Misericórdia do Corvo |Exibição Gratuita
Documentário [Doc // PT // 2022 // 76’ // M12]
Trailer – https://vimeo.com/515018955
+ infos – https://cedroplatano.pt/Entre-Ilhas
A Secretaria Regional da Educação e Assuntos Culturais, por via da Direção Regional dos Assuntos Culturais (DRAC), através do Ecomuseu do Corvo, promoveram a apresentação do documentário “ENTRE ILHAS” de Amaya Sumpsi.
“Entre Ilhas” foi realizado no Açores e estreou, a 30 de junho de 2022, nas salas de cinema portuguesas. Nos Açores contou com uma antestreia, no dia 08 de junho de 2022, na ilha do Faial.
Este é um filme-viagem e um retrato das nove ilhas do arquipélago dos Açores. De acordo com a realizadora, o filme “transporta-nos a uma época em que os barcos comandavam a vida deste remoto arquipélago, pois só a bordo deles é que era possível partir da ilha e voltar a ela”. Através dos relatos dos ilhéus, o filme navega de ilha para ilha – a bordo dos iates Pareces, dos iates do Pico, como o Santo Amaro, o Espírito Santo e o Terra Alta –, e dos barcos da Empresa Insulana de Navegação – o Carvalho Araújo, o Lima, o Arnel ou o Ponta Delgada – à procura da memória coletiva de comandantes e despenseiros, enjoos e namoros, tempestades difíceis e bailes a bordo.
A par da exibição do documentário, Amaya Sumpsi está a preparar, em colaboração com os museus regionais, um trabalho de recolha de património imaterial dos Açores relacionado com o mar. Para isso, espera poder contar com a colaboração dos corvinos que queiram partilhar fotografias ou testemunhos sobre estas travessias marítimas.
SINOPSE
A bordo do cruzeiro “Express Santorini”, “Entre Ilhas” percorre o arquipélago dos Açores, através de diários, imagens de arquivo e relatos de viajantes, de marinheiros e dos açorianos, centrados numa época em que o mar era um espaço comunitário e social significativo. Será que o mar aproxima, ou será que afasta?
FICHA TÉCNICA
Realização, Imagem – Amaya Sumpsi
Som, Assistente Realização – Eduardo Ventura
Montagem – Rita Figueiredo, Amaya Sumpsi e Pedro Gancho
Montagem Som e Mistura – Hugo Leitão
Dir. Produção – Diana Diegues e Renata Sancho
Produção – Cedro Plátano
Distribuição Portugal – Zero em Comportamento
Apoios – ICA, RTP, Direção Regional dos Assuntos Culturais, Atlanticoline, CRIA,
Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, Grupo Bensaude
Sobre a realizadora
Amaya Sumpsi é realizadora e antropóloga visual. Integra, desde 2017, a coordenação do NAVA – Núcleo de Antropologia Visual e Artes (CRIA-UNL/ISCTE). O seu primeiro documentário “Meu pescador, meu velho” estreou no Festival de Cinema do Royal Anthropological Institute (Edimburgo, 2013) e foi selecionado para numerosos festivais de cinema etnográficos internacionais. Em Portugal, ganhou o prémio Camacho Costa para o melhor documentário lusófono do festival Cine Eco-Seia (2013).
Em 2018, realizou juntamente com uma equipa de antropólogos “Um Ramadão em
Lisboa”, um documentário colaborativo que teve estreia no festival IndieLisboa (2019)
e exibição no canal público RTP 2 (2021). É curadora de vários festivais de cinema etnográficos e, neste momento, está a desenvolver o projeto de longa-metragem “rota
5”, uma coprodução entre Espanha e Portugal.
Caso as condições meteorológicas sejam adversas, a exibição do filme será feita no Centro de Convívio da Santa Casa da Misericórdia, no mesmo horário.
O Ecomuseu do Corvo promoveu, pelo terceiro ano consecutivo, o Dia Aberto dos Moinhos, sob o mote “Moinhos que guardam Memórias”. Esta atividade decorreu no dia 15 de julho, a partir das 14h30, junto aos moinhos de vento.
Os moinhos de vento, tal como as eiras e a atafona do “Lourenço”, são testemunhos construídos de um passado não muito longínquo, em que os cereais eram a base da alimentação e o trigo era a moeda que saldava os pesados impostos a que a comunidade corvina esteve sujeita.
Com esta atividade pretendeu-se dar vida a este património, chamar a atenção para o inestimável valor patrimonial dos moinhos tradicionais, valorizar as memórias e as tradições a eles associadas, garantindo a sua salvaguarda e, em simultâneo, criar processos educativos e de capacitação da comunidade.
Pretendeu-se, assim, promover um dia aberto dos moinhos de vento, com a abertura ao público dos três moinhos de vento. Com esta atividade visa-se dar a conhecer à comunidade, principalmente aos mais jovens, todo o processo de moagem, desde a montagem das velas, ao rodar da carapuça e à sua fixação, a moagem propriamente dita, a travagem e controlo do grão da moagem, culminando no ensacar da farinha, pesagem e pagamento ao moleiro.
Para tal contámos com a colaboração dos seus proprietários e dos anciãos, testemunhos vivos desta atividade, que assumiram o papel de guias intérpretes.
Em simultâneo, decorreu uma exposição de réplicas em miniatura de moinhos, atafonas e eiras; uma mostra artesanal, desenvolvida em parceria com os artesãos locais e o CADA (Centro de Artesanato e Design dos Açores); jogos do património e desafios do “Falar Corvino”, bem como outras recriações.
Esta atividade contou também com o apoio dos serviços de ilha da Secretaria Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas e da Secretaria Regional do Ambiente e Alterações Climáticas.
O Ecomuseu do Corvo promoveu, no dia 20 de junho, pelas 17h00, no Centro de Convívio da Santa Casa da Misericórdia da Vila do Corvo, a apresentação do livro “Etnografia, Cultura e Tradições”.
Este livro, editado pela Santa Casa da Misericórdia de São Roque do Pico, sob coordenação de José Carlos Garcia, resulta da atividade desenvolvida na disciplina de Etnografia, Cultura e Tradições da Universidade+Sénior da Santa Casa da Misericórdia de São Roque do Pico e reúne trabalhos elaborados por elementos dentro e para lá da referida unidade formativa.
De salientar que este livro surge no âmbito de um projeto social e educativo, destinado a todos os cidadãos com mais de 50 anos, no sentido de estimular a aprendizagem ao longo da vida, e decorre de um projeto vencedor do orçamento Participativo dos Açores.
O mesmo foi apresentado por José Carlos Garcia, investigador na área da antropologia e responsável pela coordenação deste livro.
A tradição do dia da lã está associada aos primórdios do povoamento da ilha Corvo. Esta tradição, hoje extinta, estava relacionada com a tosquia comunitária das ovelhas e deixou memórias que têm passado de geração em geração e marcam a História e a identidade do povo do Corvo.
O dia da lã, que ocorria na segunda-feira do Espírito Santo, para além de ser um dia de trabalho era, também, um dia de festa!
Para relembrar este dia a comunidade do Corvo realizou, no dia 20 de junho, a recriação da tosquia.
As mãos que se unem no labor do “Dia da lã”.
No dia 20 de junho (feriado que assinala a elevação, em 1832, da povoação do Corvo à categoria de Vila e sede de Concelho) foi possível, com a colaboração imprescindível da comunidade, fazer, pelo segundo ano consecutivo, a recriação do “Dia da lã”.
Um agradecimento a todas as pessoas e instituições que se uniram e foram parte ativa na concretização desta recriação. Partilhamos algumas imagens deste dia, que no passado significava um dia de trabalho e, também, um dia de festa.
Vivificar e transmitir o Património do Corvo é muito mais que um trabalho! É uma Missão a prosseguir.
O Ecomuseu somos todos nós!
A construção social dos locais de memória.
No âmbito da implementação do projeto sobre o ciclo da lã o Ecomuseu do Corvo promoveu, entre os dias 05 a 09 de junho de 2023, em articulação com o CADA – Centro de Artesanato e Design dos Açores, a 1. ª edição da formação na área do trabalho e tingimento da lã.
A dinamização desta formação faz parte do programa de atividades do Ecomuseu do Corvo, fluxo da ação: vivências e tradições. Integra a componente formativa e expositiva, com vista à promoção do empreendedorismo e à integração de fatores de inovação em setores económicos tradicionais e, ou, áreas de negócios emergentes, tais como o artesanato, produtos locais, áreas criativas, entre outros.
Plano de trabalho:
. Seleção da lã após a tosquia
. Lavagem da lã
. Cardação e penteação
. Iniciação à fiação
. Princípios da tinturaria natural
. Mordentagem da lã
. As principais plantas tintureiras
. Tingimentos com algumas plantas tintureiras
O curso, de 20 horas, foi ministrado por Guida Fonseca uma formadora com reconhecido trabalho e experiência na área, responsável por inúmeros projetos semelhantes no território continental português.
Esta é uma ação de dinamização cultural de extrema importância, pois esta formação permitirá viabilizar a preservação deste elemento patrimonial, bem como a dinamização de ações de valorização e vivificação do Património e das tradições corvinas.
O Ecomuseu do Corvo promoveu, pelo segundo ano consecutivo, a 2.ª edição do curso de formação em iniciação às técnicas de tecelagem. O curso decorreu no Pavilhão Multiusos, entre os dias 22 e 27 de maio, em horário pós laboral.
A dinamização desta formação faz parte do programa de atividades do Ecomuseu do Corvo no âmbito do fluxo da ação: vivências e tradições.
Integra a componente formativa e expositiva, com vista à promoção do empreendedorismo e à integração de fatores de inovação em setores económicos tradicionais e/ou áreas de negócios emergentes, tais como o artesanato, os produtos locais e as áreas criativas.
O curso foi ministrado por um formador com vasta experiência e trabalho reconhecido na área da tecelagem, Fernando Pereira, responsável por inúmeros projetos semelhantes no território continental do país. Esta é uma ação de dinamização cultural de extrema importância, na medida em que esta formação permitirá viabilizar a preservação e vivificação deste importante elemento patrimonial da ilha do Corvo.