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Oficinas e Workshops

As Boas Práticas para uma Conservação Preventiva de Documentos

Decorreu entre os dias 03 a 06 de abril de 2023, das 17h30 às 19h30, no Pavilhão Multiusos do Corvo, a ação de sensibilização com sessão prática “As Boas Práticas para uma Conservação Preventiva de Documentos”.
Com esta ação pretendeu-se promover o conhecimento de conceitos relacionados com a preservação, conservação e restauro do património, neste caso em específico, dos documentos fotográficos; Dar a conhecer qual o caminho para se tornar num conservador-restaurador e qual a ética de trabalho implícita; Dar a conhecer os fatores de degradação e de risco a que a fotografia está sujeita; Sensibilizar para os problemas de conservação da fotografia; Contribuir para o reconhecimento da necessidade de uma manutenção, de forma a salvaguardar este património pessoal; Contribuir para o conhecimento das boas práticas de prevenção, tendo por fim último, o abrandamento do ritmo de envelhecimento dos materiais constituintes, das fotografias.
A ação foi dinamizada por Rita Nascimento.
Rita Carmen Reis Nascimento, natural da ilha de S. Jorge, pós-graduou-se em Turismo Cultural em 2021, pela Universidade dos Açores. Tornou-se mestre pela Universidade Politécnica de Valência em 2016 e licenciada pelo Instituto Politécnico de Tomar em 2012, em Conservação e Restauro. Desde em 2012, que trabalha como conservadora-restauradora, tendo sido a área de maior desempenho a de documentos gráficos. Atualmente é técnica superior de Conservação e Restauro no Museu Francisco de Lacerda (desde 2022).
Um agradecimento aos nossos parceiros nesta ação: Museu Francisco de Lacerda e Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça.

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Património

Encontros à Quinta- Desafio Falar Corvino

Decorreu, no passado dia 30 de março o 1.º “Encontro à Quinta – Desafio Falar Corvino”.
Este foi, sem dúvida, um momento memorável e importante para todos os que amam o Corvo, a sua História e as suas tradições.
O objetivo é conviver, aproximar os corvinos que estão longe da sua terra e partilhar memórias de tempos antigos.
Para cada quinta-feira teremos preparado um pequeno desafio: “Desafio Falar Corvino” que coloca à prova os conhecimentos sobre os falares do Corvo.
Este desafio servirá de mote para conversarmos sobre muitas coisas, mas sobretudo de memórias e tradições de antigamente.
Para enviarmos o link da sessão do zoom é necessária a inscrição e, por isso, solicita-se que preencham alguns dados na ficha de inscrição disponível em.
https://forms.office.com/e/CbuPbaw9vP

Estes encontros irão continuar todas as últimas quintas-feiras de cada mês.
No mês de abril decorrerá, excecionalmente, na penúltima quinta-feira, dia 20 de abril, às 21:00 dos Açores.
Os corvinos residentes estão convidados a juntar-se a nós, na Casa do Tempo, no dia 20 de abril, às 21:00.
Por último, deixamos um desafio online sobre o “Falar Corvino”.
Participem, pois é a partir deste trabalho que poderemos transmitir, àqueles que nos irão suceder, este conhecimento e, desta forma, vivificar o património imaterial que é pertença de todos nós.
Para acompanharem o resultado dos contributos da comunidade deixamos o link do glossário “Falar Corvino”: https://padlet.com/ecomuseu/5zdomsu4rcejijqy

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Exposições

Exposição de Pintura de Henning von Gierke: “A Mudança Constante”

O Ecomuseu do Corvo, numa articulação inédita com o Museu da Horta, o Museu das Flores e o Museu de Arte Sacra da Horta, está a promover a Exposição de pintura intitulada “A Mudança Constante” do artista plástico Henning von Gierke.

Henning von Gierke é um prestigiado pintor alemão, cenógrafo, designer de produção e produtor de arte.

As suas telas demonstram uma sensibilidade e um realismo que o tornam inconfundível.

A sua técnica e as suas temáticas, inspiradas na natureza, na fantasia, na mitologia e na religiosidade, fazem de Henning von Gierke um dos mais reconhecidos representantes da pintura realista do séc. XXI.

A temática da exposição patente no Corvo incide na Paisagem e na Natureza Morta que, segundo o autor, é uma fonte inesgotável de inspiração. São “momentos de reconhecimento, reflexão, memória pessoal e associações, narrativas pintadas da vida quotidiana. Natureza morta é o tempo capturado, espaço para a expressão de palavras não ditas numa língua que não necessita de tradução”.

Esta exposição poderá ser visitada no Multiusos do Corvo, até março de 2023, de segunda a sexta-feira, entre as 10h30 e as 12h30 e entre as 14h30 e as 17h00.

Visita virtual 3D.
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Património

Recolha participativa: Cozinha de antigamente – Levantamento de receitas típicas e tradições gastronómicas do Corvo

Iniciamos uma nova atividade de recolha participativa intitulada: “Cozinha de antigamente – Levantamento de receitas típicas e tradições gastronómicas do Corvo”.

Se conheces as receitas típicas da ilha do Corvo partilha-as, pois iremos elaborar um livro com os contributos de todos.

Envia as tuas receitas típicas para: ecomuseu.corvo.info@ azores.gov.pt ou escreve-as no livro das receitas https://padlet.com/ecomuseu/rq9xslsb2jyfoimp

Já temos alguns contributos. Depois da recolha o próximo passo será a sua confeção e partilha.

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Património

Dias Europeus da Conservação e Restauro

No mês de outubro celebram-se os Dias Europeus da Conservação e Restauro. Estes têm sido assinalados, desde 2018, pela E.C.C.O. (Confederação Europeia de Associações de Conservadores-restauradores), comemorando-se, em 2022, entre 10 e 16 de outubro. No dia 16 assinala-se o Dia Europeu da Conservação e Restauro.

Para assinalar estes dias, deixamos aqui algumas fotos dos trabalhos de conservação preventiva e restauro do Património Móvel do Corvo, que está a ser desenvolvido pelas técnicas do Ecomuseu do Corvo, Tatiana Fragata, Nicole Neves e Patrícia Pacheco, que recentemente receberam formação nesta área.

Parabéns pelo excelente trabalho e dedicação.

Um agradecimento também ao Centro do Património Móvel, Imaterial e Arqueológico que connosco tem colaborado, especialmente ao seu coordenador, o Arqueólogo Pedro Parreira, sem esquecer o Sr. Paulo Silveira e o José Luís Borges.

Por fim, nada disto seria possível sem o apoio da comunidade corvina que tem cedido, através de doações ou depósitos, as diferentes peças. Não refiro nomes pois são muitos os que connosco têm colaborado.

O Ecomuseu somos todos nós!

Um bem-haja a todos.

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Exposições

Exposição temporária “Cápsulas do Tempo, o Património Cultural Subaquático dos Açores”

A Secretaria Regional da Educação e Assuntos Culturais, por via da Direção Regional dos Assuntos Culturais, através do Ecomuseu do Corvo, promove, a exposição temporária “Cápsulas do Tempo, o Património Cultural Subaquático dos Açores”.

O projeto expositivo itinerário estará patente ao público a partir do dia 10 de outubro até ao dia 16 de dezembro de 2022 e surge no âmbito do Projeto Margullar 2, com co-financiamento Interreg-MAC.

Pretende-se com esta exposição dar a conhecer as histórias dos naufrágios documentalmente registados nos mares açorianos e a importância geoestratégica do arquipélago na expansão europeia do século XV. 

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Património

A peça do mês de outubro é dedicada ao “baú” ou “caixa”

Esta peça foi submetida a uma intervenção de conservação e restauro, entre os meses de março e agosto de 2022, pela equipa do CPIMA, “com a finalidade de se obter a sua estabilização e conservação dos diferentes suportes para testemunho histórico”. (In, relatório do CPMIA)

Foi um processo longo e minucioso, pois o estado de conservação deste bem foi considerado mau.

“Trata-se de um baú do séc. XX, de estrutura tipicamente paralelepipédica oca, com uma tampa móvel abaulada, assegurada por duas dobradiças em suporte metálico em liga de ferro”. (In, relatório do CPMIA)

Gostaríamos de, com a ajuda da comunidade, saber se conheceram, na ilha do Corvo, ou noutras ilhas, peças idênticas a esta. Pretende-se saber a sua proveniência, a natureza da sua utilização prática ou alguma história associada a este bem cultural.

Raúl Brandão, na sua obra “Ilhas Desconhecidas”, fala-nos de uma caixa com a seguinte descrição:

“[As mulheres] dispõem da chave da caixa […] Ora isto de ter a chave da caixa é uma coisa muito séria na lavoura. A caixa da limpeza, sempre de uma madeira dura para lhe não entrar o rato, e no Corvo de cedro petrificado que se encontra no fundo da terra, ou de tabuões de naufrágio que dão à costa, é o móvel onde se guardam os melhores panos, as moedas que se juntam tirando-o à boca, as coisas de maior préstimo e valia e as recordações dos mortos. A caixa herda-se. E, puída de tantas mãos, é quase sagrada. Já tenho visto lavradores morrerem com os olhos postos na caixa e a chave metida debaixo do travesseiro. Ter a chave da caixa é ter o ceptro do prestígio. E uma vez entregue à mulher, nunca mais se lhe pode tirar …” ( in, Raúl Brandão,1998, “As Ilhas Desconhecidas’, p.28).

Agradecemos a vossa colaboração e os valiosos contributos que nos possam dar.

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Património

Encerramento da 2ª Campanha do Património do Corvo

Decorreu no dia 22 de setembro o encerramento da 2.ª Campanha do Património da ilha do Corvo. Durante duas semanas foram dinamizadas várias atividades, numa parceria direta com o Centro do Património Móvel, Imaterial e Arqueológico dos Açores, à semelhança do já ocorrido no passado ano de 2021, aquando das prospeções arqueológicas, realizadas na zona do “Engenho” e no moinho do Caldeirão, e das ações de restauro do tear típico do Corvo.

Este ano, o Ecomuseu promoveu um trabalho de formação na área de conservação e restauro do património cultural móvel, contando para tal com a presença de Paulo Silveira, especialista nas áreas de marcenaria, carpintaria especializada e restauro em madeira. Este profissional orientou um workshop dirigido à equipa técnica do Ecomuseu e apresentou esclarecimentos junto da comunidade, tendo estado a trabalhar, para esse efeito, no Pavilhão Multiusos, na semana de 12 e 16 de setembro, em regime “porta aberta”.

Estas ações são de extrema importância, pois pretende-se que o património móvel seja transmitido de geração em geração e constantemente recriado pelas comunidades e pelos grupos em função do seu ambiente, da sua interação com a natureza e da sua História, gerando um sentimento de identidade e de continuidade, contribuindo, assim, para promover o respeito pela diversidade cultural e pela criatividade humana.

Na semana, de 16 a 22 de setembro, a equipa de arqueologia regressou ao Corvo com uma nova missão focada no património cultural subaquático. Os arqueólogos Pedro Parreira e Luís Borges promoveram uma campanha de batimento da costa da ilha, em busca de vestígios de antigos naufrágios resultantes de embarcações que por aqui passaram, desde o tempo das naus da Índia até aos grandes barcos a vapor que atravessaram o Atlântico, para ligar a Europa à América.

Pretendeu-se, assim, sinalizar alguns naufrágios para posterior identificação na Carta Arqueológica dos Açores.

Em paralelo foi, ainda, dinamizada uma ação de sensibilização sobre arqueologia subaquática, junto dos mais novos.

Com esta campanha o Ecomuseu do Corvo continua a promover o conhecimento da História da ocupação do território por parte desta comunidade secular e, igualmente, salvaguardar, valorizar e comunicar o património da ilha do Corvo.

Um agradecimento a todos os que colaboraram nesta 2.ª Campanha do Património do Corvo, em especial à Comunidade Corvina.

O Património Cultural deve ser valorizado por todos e a sua proteção deve ser pensada por todos, principalmente pelos que detêm o conhecimento. Daí a grande importância do envolvimento da comunidade que são os portadores da memória coletiva e da identidade cultural.

A nossa História e a nossa Memória são a nossa Identidade!

Bem-haja a todos.

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Património

1.ª Campanha do Património do Corvo

Decorreu entre os dias 13 a 25 de setembro a primeira Campanha do Património Do Corvo. Foram realizadas diferentes ações, sendo de destacar a campanha de prospeção arqueológica no lugar do Engenho; a intervenção arqueológica no moinho do Caldeirão; os trabalhos de conservação preventiva em espólio do Ecomuseu, nomeadamente de um tear; as sessões de sensibilização patrimonial , para o público mais jovem e a dinamização da atividade ”arqueólogo por um dia”.

Pretendeu-se com esta campanha promover o conhecimento da História da ocupação do território por parte desta comunidade secular; salvaguardar, valorizar e comunicar o património da ilha do Corvo; aprofundar o conhecimento acerca da produção de pastel-dos-tintureiros (Isatis tinctoria) na ilha do Corvo; proceder ao levantamento da mó encontrada num terreno particular, na zona do Engenho; Identificar e registar a restante estrutura que pertenceria ao engenho de pastel e cuja localização é desconhecida e proceder a uma intervenção arqueológica no moinho de maré do Caldeirão. Em simultâneo foram realizadas, para a comunidade, ações de sensibilização para o Património e no final foi feita a apresentação pública dos resultados obtidos na campanha.