No próximo dia 1 de julho o Ecomuseu do Corvo irá promover a apresentação do livro “Ultramar na Pele” da autoria de Diana Gomes com fotos de Rui Caria.
Este evento insere-se nas celebrações do 1 de julho e irá decorrer no Espaço Cultural Multiusos do Corvo, pelas 18h00.
O livro retrata a Guerra Colonial. Para a autora Diana Gomes, além das histórias e lembranças trágicas, este conflito deixou uma herança marcada na pele dos combatentes: as tatuagens do Ultramar. Estas tatuagens são registos feitos no corpo pelos soldados pelas mais diferentes razões, mas que, na interpretação da autora, são o “denominador comum de ausência de paz”. (…) “A longevidade dos que as carregam garantem, por enquanto, a sua existência, mas um dia extinguir-se-ão. As tatuagens do Ultramar são fáceis de identificar pela simplicidade do seu traço e escrita. São marcas que identificam lugares, datas e sentimentos. Muitas também tentam ilustrar, nas imagens, os episódios do que lá se viveu”.
O livro, ilustrado com fotos de Rui Caria, é um testemunho e um registo feito numa perspetiva diferente da habitual. As tatuagens são uma “representação da guerra, da ansiedade, do medo, da esperança, da saudade, da família e dos amores que viviam em espera”. Na pele eram gravadas “sereias, coqueiros, palhotas, âncoras, corações com setas, nomes de namoradas, cruzes, palavras de amor, caravelas e muitas vezes a palavra mãe”.