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Projetos

Projeto Erasmus+ Apoio à mobilidade de estudantes em estágio de trabalho (work placements)

O Ecomuseu do Corvo está a colaborar, enquanto instituição de acolhimento, num projeto Erasmus + de apoio à mobilidade de estudantes estrangeiros, em estágios de trabalho (work placements).
Desde o início do mês de julho que temos connosco uma estudante de mestrado, de nacionalidade italiana, que estuda na Universidade de Lund, na Suécia.
Chama-se Nicole e tem participado, de forma muito entusiástica, nas atividades do Ecomuseu, não só como observadora, mas também como participante.
A Nicole manifesta interesse em contactar com a comunidade da ilha do Corvo, aprender mais sobre a nossa cultura, com o objetivo de encetar um trabalho de investigação, para a redação da sua dissertação de mestrado em análise cultural.
É uma jovem muito simpática, curiosa e empenhada.
Já está a aprender a fazer a nossa típica barreta e, nas próximas semanas, pretende estabelecer um contacto mais próximo com a comunidade para recolher mais informação sobre as nossas tradições e sobre a nossa História.
Para o Ecomuseu do Corvo é muito gratificante poder dar apoio a estes jovens estudantes que, constantemente, nos contactam para com eles colaborarmos.

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Património

Inauguração da Casa da Vegia

No dia 27 de junho foi inaugurada, por S. Ex.ª o Presidente do Governo Regional dos Açores, S. Exa. a Secretária Regional da Educação, Cultura e Desporto e S. Exa. a Secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, mais uma estrutura física do Ecomuseu do Corvo: A Casa da Vegia.
Vegia por ser este o nome original constante no registo predial, para não ser confundido com Vigia, nome associado às vigias da baleia, que também existiram no Corvo, mas não neste local.
Este é um espaço de eleição para um primeiro olhar para o Núcleo Urbano Antigo da Vila do Corvo (NAVC).
Este novo espaço, localizado sobre a arriba do porto da Casa, faz a ligação entre a Canada da Rocha e a rua da Matriz, através de uma área pública onde se situam várias eiras.
Deste espaço, pode-se contemplar a estrutura urbana, organizada sobre a falésia, subindo em cascata pela encosta do vulcão.
Na Casa da Vegia foi colocada uma maqueta do Núcleo Urbano Antigo, que introduz o visitante pelos diferentes espaços públicos da vila do Corvo.
É também a partir deste espaço que o visitante é encaminhado para a Casa do Tempo, primeira estrutura física visitável do Ecomuseu do Corvo.

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50.º Aniversário do 25 de Abril

As “Ondas da Rádio” e o 25 de Abril no Corvo

25 de Abril de 1974, o dia da revolução que trouxe a democracia e a liberdade a Portugal.
Este ano de 2024 marca o 50.º aniversário da Revolução dos Cravos, revolução pacífica que pôs fim ao regime ditatorial que se vivia em Portugal desde 1926.
Quase 50 anos passados, procuramos hoje relembrar os acontecimentos desse dia. Que vivências se deixaram para trás. O que se conquistou e o que se modificou.
Para Portugal, a Revolução do 25 de Abril de 1974 significou o final do Estado Novo, da censura e da guerra, que deram o lugar à liberdade e à democracia. Na Madeira e nos Açores significou, também, a autonomia; uma autonomia que perdura e que favorece o crescimento e a evolução destas duas regiões autónomas de Portugal, de características tão singulares.
A autonomia dos Açores permitiu uma maior unificação das nove ilhas, que anteriormente se dividiam em três distritos distintos e que mesmo na autonomia administrativa de 1895 não tinha integrado o conjunto das ilhas açorianas (na altura, as quatro ilhas do antigo distrito da Horta não integraram a primeira autonomia). A unificação de 1976 perdurou, assim como o sempre pujante regime autonómico.
Apesar da sua pequena dimensão, reduzida população e isolamento, a influência do regime do Estado Novo estava muito presente no quotidiano da ilha do Corvo no período que antecedeu o 25 de Abril de 1974.
Até aqui, no extremo mais ocidental da Europa, os longos tentáculos da PIDE chegaram. A censura fazia-se sentir no dia a dia dos corvinos, que eram regidos por normas de conduta controladas, com mão de ferro, pelo então professor e Presidente da Câmara, Alfredo Lopes, que estabeleceu e fez observar diversas proibições.
Terá proibido que as galinhas andassem à solta pelos caminhos; estabelecido que quem deixasse cair lixo na rua era multado e que quem não agisse em conformidade com as regras definidas, era multado em 3$00 (custo pesado para a época).
Com base em alguns depoimentos por nós recolhidos, existiram, alegadamente, informantes da PIDE no Corvo. Situação que criou constrangimentos, de diversa ordem e natureza, entre a população da ilha.
Foram também vários os corvinos que foram recrutados para combater na Guerra do Ultramar, em Angola, na Guiné e em Moçambique. Foram 16 no total. Trata-se de um número considerável de homens, isto tendo em conta a pequena dimensão demográfica da ilha. Terá sido certamente uma situação desconcertante para esses jovens, como o foi para tantos outros portugueses do resto do país, terem de partir da sua pequena e pacífica localidade, para o difícil cenário de guerra que as tropas portuguesas enfrentavam em África.
O Sr. José Maria Fraga, de 73 anos, foi quem, amavelmente, nos descreveu as suas vivências nesse tempo. Quando se deu o 25 de Abril de 1974, o Sr. Fraga encontrava-se já no Corvo, regressado da Guerra Colonial. Foi combatente no leste de Angola, nomeadamente em Cangombe, Cangamba, Alto Cuíto, Nhonga e Bié, país onde esteve 26 meses e 18 dias, como conta com inabalável memória e precisão.
Regressou no dia 24 de abril de 1974, um dia antes da data da Revolução de Abril. Foi também ele quem nos relatou como chegou ao Corvo a notícia da ocorrência da Revolução.
Como sucedeu em muitos pontos do país, a notícia chegou ao Corvo através da rádio. Na altura já existiam no Corvo algumas pessoas (poucas) que tinham rádio em casa, como era o caso da futura esposa do Sr. Fraga, a Sr.ª Maria José Mendes, que na casa dos pais tinha um rádio. Foi através das emissoras de rádio que transmitiam para o Corvo, a Emissora Nacional, o Asas do Atlântico, o Rádio Clube Português e a Rádio Clube de Angra, que os corvinos tiveram conhecimento que a ditadura havia findado.
Assim, no âmbito do 50.º Aniversário do 25 de Abril de 1974, o Ecomuseu do Corvo selecionou um aparelho de rádio como peça emblemática e de elevada importância para a ilha.
Salientamos o aparelho de rádio da marca Grundig, modelo 3088, fabricado na antiga Alemanha Ocidental, na década de 50 do século XX.
Este rádio pertence à Paróquia de Nossa Senhora dos Milagres de Vila do Corvo. Foi através do Sr. Padre Francisco Xavier que tomámos contacto com esta peça tão emblemática, tendo sido autorizada a sua análise e o seu registo fotográfico.
Este exemplar antigo encontra-se em muito bom estado de conservação, constituindo uma memória material dos meios tecnológicos da época que permitiram a rápida chegada da notícia do fim do Estado Novo e o início de uma nova era política para Portugal e também para a ilha do Corvo. No caso em apreço, este foi mesmo o aparelho onde muitos ouviram, na ilha do Corvo, a notícia da chegada da liberdade e da democracia ao país.

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Património

Exposição participativa sobre a arte secular da Tecelagem nos Açores – Convite

O Ecomuseu do Corvo irá dinamizar este ano uma exposição participativa temporária, sobre a arte secular da Tecelagem nos Açores, tendo especial enfoque na Tecelagem da Ilha do Corvo, intitulada “Da Tosquia ao Tear”.
No âmbito desta iniciativa, o Ecomuseu do Corvo convida toda a comunidade corvina à participação, podendo colaborar neste projeto com a escolha de uma peça, relacionada com todo o processo do Ciclo da Lã no Corvo, que tenham por casa e que possa ser cedida temporariamente ao Ecomuseu do Corvo, de modo a participar e a estar patente nesta exposição.
Os objetos poderão ser ao critério de cada um, mas terão de estar relacionados com algumas das áreas do Ciclo da Lã, como a criação de ovinos, a tosquia, o processamento da lã, os objetos do trabalho da lã e da tecelagem (como dobadeiras e lançadeiras), as mantas, as peças de vestuário, etc.
Ao fazer este convite, pretendemos envolver, de modo direto, a comunidade neste projeto tornando-o de todos e possibilitando que o trabalho conjunto permita a concretização desta iniciativa.
Contamos com o contributo de todos para a valorização e promoção do património cultural da ilha do Corvo!
Fotografia pertencente ao Professor Carlos Alberto Medeiros. N.º Inv.: 24.32.1793

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Dança

Coppélia ou A Rapariga de Olhos de Esmalte

Ecomuseu do Corvo| Multiusos do Corvo| CNB em Direto – Live Streaming – 19h00
Entrada gratuita | Classificação: M/6 | Duração: 135 min (com dois intervalos)

Para assinalar o Dia Mundial da dança, o Ecomuseu do Corvo associa-se à Companhia Nacional de Bailado na transmissão, em direto, do bailado “Coppélia ou A Rapariga de olhos de Esmalte”.
Este evento terá lugar no dia 29 de abril, no Multiusos do Corvo, às 19h00 e a entrada é gratuita.
No pressuposto de um amplo cumprimento da sua missão de descentralização e democratização cultural, aliada às evoluções tecnológicas e novas relações de aproximação aos públicos da Dança, a Companhia Nacional de Bailado dará início, em 2025, a um projeto de live streaming nacional, intitulado CNB em direto. Assim, no Dia Mundial da Dança, o espetáculo “Coppélia ou A Rapariga dos Olhos de Esmalte”, com a Orquestra de Câmara Portuguesa, será transmitido em direto para vários Teatros e Cineteatros do país, onde também se inclui o Multiusos da ilha do Corvo .
Coppélia explora a fronteira ténue entre o real e o ilusório e o fascínio humano por bonecos autómatos, intimamente ligados ao interesse pelo avanço tecnológico e científico no século XIX.
Inspirado na obra Der Sandmann de E.T.A. Hoffmann, “Coppélia ou a Rapariga dos Olhos de Esmalte” é um bailado onde a ilusão e fantasia se misturam com o humor. A história centra-se na jovem Swanilda e no seu noivo Franz. Swanilda fica com ciúmes quando percebe que Franz está encantado por uma bela rapariga que aparece frequentemente à janela do atelier do misterioso fabricante de bonecas, Dr. Coppélius, desconhecendo que na verdade se trata de uma boneca mecanizada: Coppélia. Franz e Swanilda são arrastados para uma série de mal-entendidos e aventuras caricatas, conseguindo, mesmo em vésperas do seu casamento, escapar do confronto com Dr. Coppélius por terem invadido o seu atelier.
Ficha técnica
Coreografia: John Auld segundo Arthur Saint Léon, Marius Petipa, Enrico Cecchetti
Música: Léo Delibes
Argumento: Charles Nuitter, Arthur Saint-Léon
Cenografia e figurinos: Peter Farmer
Desenho de luz: David Mohre
Mestra de costura: Adelaide Marinho
Confeção de guarda-roupa: Atelier de costura CNB
Interpretação: Bailarinos e bailarinas da CNB
Orquestra de Câmara Portuguesa
Direção musical: Pedro Carneiro
Estreia absoluta: Paris, França, Teatro Imperial da Ópera, 25 maio 1870
Estreia CNB: Lisboa, Teatro Municipal de S. Luiz, 22 dezembro 1989

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Divulgação

140.º aniversário do Corvino Carlos Jorge Nascimento

No próximo dia 18 de abril, pelas 15:30, na Casa do Tempo, o Ecomuseu do Corvo presta homenagem ao Corvino Carlos Jorge Nascimento, no seu 140.º aniversário, com uma mostra bibliográfica e com a exibição do filme “O Livreiro de Santiago”.

Manuel Carlos Jorge Nascimento nasceu na Ilha do Corvo, a 18 de abril de 1885. Aos 20 anos partiu, primeiro para os Estados Unidos da América e daí para o Chile, para se encontrar com o seu tio João do Nascimento, de quem herdou a Livraria Nascimento. No Chile tornou-se editor e amigo do grande poeta Pablo Neruda, prémio Nobel da Literatura em 1971.

Apelidado por Isidoro Vásquez da Acuña como “co-arquiteto das letras chilenas”, editou outros nomes conhecidos, como o de Gabriela Mistral, também ela laureada, em 1945, como Prémio Nobel da Literatura.

Em 1948 visitou o Corvo, tendo falecido em 1966, em Santiago do Chile. A “Editorial Nascimento” só encerrou as suas portas em 1986, tendo recentemente sido reaberta por Pablo George-Nascimento, seu bisneto.

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Divulgação

Abril- Mês da prevenção dos maus-tratos na Infância

O Ecomuseu do Corvo associa-se à campanha de prevenção dos maus-tratos na infância, em memória daqueles que morreram ou são vítimas de abuso infantil.

“O Azul funciona para mim como um constante alerta, para lutar pela proteção das crianças”.

Bonnie W. James Finney

Em 1989, uma mulher norte americana (Bonnie Finney) amarrou uma fita azul na antena do carro, em homenagem ao seu neto, vítima mortal de maus-tratos. Com esse gesto quis “fazer com que as pessoas se questionassem”. A repercussão desta iniciativa foi de tal ordem que abril passou a ser o Mês Internacional da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância.
A história que Bonnie Finney contou aos elementos da sua comunidade foi trágica: o seu neto já tinha morrido de forma brutal por ter sido espancado pela mãe e pelo namorado.

E porquê azul? Porque, apesar do azul ser uma cor bonita, Bonnie Finney não queria esquecer os corpos cheios de nódoas. O azul, que simboliza a cor das lesões, servir-lhe-ia por isso como uma imagem constante na sua luta na proteção das crianças contra os maus-tratos.

Esta campanha, que começou como uma homenagem desta avó aos netos, expandiu-se e, atualmente, muitos países usam as fitas azuis, durante o mês de abril, em memória daqueles que morreram ou são vítimas de abuso infantil e também como forma de apoiar as famílias e fortalecer as comunidades, nos esforços necessários para prevenir o abuso infantil e a negligência. 

Campanha de sensibilização nos edifícios visitáveis do Ecomuseu do Corvo

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Património Imaterial

Falar Corvino – Recolha participativa do léxico

O Ecomuseu do Corvo dá continuidade à atividade de recolha participativa e sistematização do léxico corvino, intitulada “Falar Corvino”.
Com esta atividade, iniciada em 2022, sustentada no conhecimento da comunidade corvina, pretende-se conhecer o património linguístico da ilha e garantir o seu registo e divulgação às gerações vindouras.
Pretende-se, também, estudar as transformações ocorridas, ao longo do tempo, no léxico corvino e as suas influências, bem como encontrar semelhanças e diferenças com as restantes ilhas dos Açores.
Esta atividade decorre paralelamente com a recolha participativa do património móvel do Corvo, pois o léxico está associado, também, às atividades e utensílios ligados à tecelagem, à agricultura e à pesca.
Simultaneamente, têm sido realizadas ações que veiculam a transmissão e capacitação da comunidade, bem como ações educativas junto da comunidade escolar.
Todas as recolhas estão a ser organizadas e divulgadas online no seguinte link: https://padlet.com/ecomuseu/5zdomsu4rcejijqy
O Ecomuseu agradece todos os contributos e a forma como a comunidade residente, e não residente, na ilha participa ativamente.
Lembrar o léxico corvino e explorar o seu significado é manter vivo o património linguístico, uma herança a preservar.

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Oficinas e Workshops

A Hora da Barreta

Estão abertas as inscrições para a frequência da 2.ª edição formação: “A Hora da Barreta”.
Para participar neste workshop em Barretas do Corvo só necessita inscrever-se.
Quem já se inscreveu no ano transato deverá inscrever-se novamente para nos indicar qual o local da sua preferência para frequentar este curso, uma vez que o mesmo será dinamizado, em simultâneo, no Multiusos e na Casa da Memória.
O curso é gratuito e decorre, à quarta-feira, entre as 16h00 e as 17h00,
Para mais pormenores e inscrições basta seguir o seguinte link:
https://forms.office.com/e/bwubj05Jbm?origin=lprLink
Com esta ação, iniciada em dezembro de 2023, o Ecomuseu pretende preservar o saber fazer.
Trata-se de uma ação prolongada no tempo, que desenvolvemos semanalmente, à quarta-feira, com a duração de apenas uma hora, onde os inscritos podem comparecer conforme a sua disponibilidade.
Pretende-se, assim, transmitir a arte de produzir a típica barreta do Corvo e capacitar a comunidade para a importância da preservação deste património único.
A barreta do Corvo é o resultado de uma necessidade que se aliou à capacidade de criação de um povo que, desde cedo, se viu entregue a si próprio.
Sendo a lã a única matéria-prima na ilha que permitia a confeção do vestuário, também a barreta era feita naquele material, agasalho perfeito para combater o frio nos invernos rigorosos.
Supõe-se que o modelo e a técnica de confeção terão sido transmitidos aos corvinos a bordo das baleeiras americanas que, desde o século XIX, cruzavam os mares dos Açores e aportavam à ilha para fazer a aguada e recrutar homens para as tripulações. Durante as longas viagens no mar alto, estes homens terão aprendido a tricotar e, uma vez regressados, terão transmitido a técnica às suas esposas que passaram a ser as responsáveis pela produção das barretas.
Tal como tem vindo a acontecer pretendemos articular esta atividade com os nossos anciãos, durante a atividade “Encontros com Memória”, com o intuito de com eles reavivarmos memórias de tempos antigos e aprendermos mais sobre este elemento único do património da ilha do Corvo.
Agradecemos o interesse da comunidade pela preservação do património do Corvo!

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A Peça do Mês

No âmbito do inventário participativo do Património Cultural do Corvo damos continuidade em 2025, à atividade: “A peça do mês”.
Pretende-se com esta atividade destacar e divulgar o rico Património móvel ainda existente na ilha do Corvo e, em simultâneo, gerar processos de debate e recolha participativa de informação junto da comunidade.
Para acompanharem o resultado do trabalho, iniciado em 2022, deixamos o link das informações recolhidas da “Peça do Mês

A participação e contributos de todo são muito importantes!

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Grupo de colaboradores do Ecomuseu

Grupo de Colaboradores do Ecomuseu do Corvo

“Os Grupos de [colaboradores] de Museus e Monumentos são associações sem fins lucrativos, constituídos por pessoas individuais ou coletivas que decidem desenvolver iniciativas e atividades em prol do estudo, inventário, preservação e valorização dos bens imóveis e móveis geridos pelas entidades museológicas e patrimoniais.
De um modo geral, [estes Grupos], através do trabalho voluntário e do mecenato, têm como objetivos da sua atividade o enriquecimento das coleções, a promoção de investigação, a realização de exposições, a edição de publicações, o desenvolvimento de ações de formação, a defesa do património próprio e o existente nas áreas envolventes de museus e monumentos e a cooperação com outras entidades empenhadas na defesa e valorização do Património Cultural.”
in, Direção-Geral do Património Cultural (DGPC)
Consideramos, assim, da máxima importância dar continuidade à dinamização de um grupo de colaboradores do Ecomuseu do Corvo que possa contribuir para o desenvolvimento local, preservação e valorização do Património e da Memória Histórica da ilha do Corvo. Um Património que é de todos nós!
Se ainda não faz parte deste grupo preencha, por favor, o presente formulário ( https://forms.office.com/r/64jqpPxMZn). O tratamento dos dados pessoais será limitado à finalidade para a qual os dados são recolhidos.
Objetivos:

  • Divulgar o trabalho do Ecomuseu e o Património corvino nas suas múltiplas vertentes e dimensões;
  • Criar uma rede de colaboradores que possa contribuir, de acordo com as suas aspirações, conhecimento e experiência, para o trabalho do Ecomuseu;
  • Assegurar o envolvimento da comunidade nos processos ecomuseológicos;
  • Incentivar à apropriação consciente do Património, por parte da comunidade que é sua herdeira;
  • Contribuir com ideias de projetos que possam promover a valorização, salvaguarda e transmissão do património corvino, com vista ao desenvolvimento local que o Ecomuseu prevê.
    Sendo este um Museu de Território, onde a Comunidade é a protagonista, é nosso dever garantir e incentivar o envolvimento desta, pois também eles são os atores no processo dinâmico que é o Ecomuseu. Assim, propõe-se a ampliação de uma “rede de amigos e colaboradores” que inclua todos aqueles que entenderem colaborar e trabalhar com a equipa do Ecomuseu nas várias ações e projetos que se pretendem desenvolver.
    As “novas” práticas museológicas e, em particular, o nosso Ecomuseu tem assumido um papel importante na conservação e valorização do património natural e cultural nas suas diferentes vertentes e, também, nos processos de desenvolvimento do território que se vão alargando continuamente, e que incluam todos aqueles que entenderem colaborar e trabalhar com a equipa do Ecomuseu. O Ecomuseu do Corvo assume-se como um verdadeiro centro de conservação da Memória e da Identidade cultural da Ilha do Corvo e dos seus habitantes. O seu contributo e colaboração são muito importantes para o Ecomuseu, pois o Ecomuseu somos todos nós!
    Obrigada por colaborar e contribuir para que o Ecomuseu do Corvo prossiga a sua Missão!
    A equipa do Ecomuseu do Corvo
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Boas Festas

A toda a Comunidade, amigos, parceiros e colaboradores do Ecomuseu do Corvo desejamos Boas Festas e agradecemos a confiança e o apoio.

O Ecomuseu somos todos nós!

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Património

A tecelagem na ilha do Corvo – De Memória a Património Imaterial

Falar do dia da lã é lembrar uma tradição corvina que se extinguiu na segunda metade do séc. XX, mais concretamente em 1969, mas que ainda prevalece na lembrança de alguns corvinos.

Findo o dia da lã afigurava-se, mais do que evidente, o fim da tecelagem no Corvo. Um ofício que perdurou durante séculos e que foi essencial à sobrevivência da comunidade corvina.

Deste património imaterial pouco restou para além dos lugares e objetos de memória, e dos testemunhos orais, que fazem parte da História não visível da ilha e da memória da sua comunidade.

Com a colaboração de diversos agentes, onde a comunidade assume um papel muito importante, o Ecomuseu do Corvo tem vido a desenvolver, desde 2022, um considerável número de ações de recolha e capacitação da comunidade, que vão desde a identificação e mapeamento de locais onde se tosquiava, cardava, tingia, apisoava, urdia e tecia; ao inventário dos utensílios que ainda existem na ilha associados à tecelagem, dando assim voz à narrativa discursiva e visual dos seus habitantes e procurando os elementos tangíveis que caraterizam a comunidade, no que diz respeito ao trabalho associado ao ciclo da lã; à recriação do “Dia da lã” e à realização de várias ações de formação dedicadas à tecelagem.

É por isso que, com muito orgulho, podemos dizer-vos que após estes processos formativos e de capacitação temos hoje uma tecelã a tecer no Corvo.

A Zita Mendes ficará para a História do Corvo como a primeira de muitas que a seguir virão, não temos dúvidas, que revitalizaram um saber extinto, que pertencia à memória coletiva da comunidade, para o transformar em Património Imaterial.

A Zita está, desde o dia 09 de julho, credenciada no CADA (Centro de Artesanato e Design dos Açores) como artesã da ilha do Corvo dedicada à tecelagem.

Como diz o nosso formador em tecelagem, Fernando Pereira, “Com passos decididos se faz uma boa caminhada”.

Obrigada a todos e todas que têm participado e colaborado nesta caminhada!