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Cozinha de Antigamente – Oficina de Sabores e Saberes

Sessão de confeção da tradicional carne assada

18 de junho | Pavilhão Multiusos | 11h00

No dia 18 de junho, decorreu no Pavilhão Multiusos uma sessão experimental interna no âmbito do projeto “Cozinha de Antigamente”, promovido pelo Ecomuseu do Corvo. Esta ação surge na sequência de um longo trabalho de recolha participativa da gastronomia tradicional da ilha, iniciado em 2022 com o envolvimento direto da comunidade corvina.

Nesta sessão, foi recriada a carne assada tradicional, um prato marcante da época festiva do Espírito Santo, profundamente enraizado nas práticas alimentares da ilha. A atividade integrou-se na “Oficina de Sabores e Saberes”, uma vertente prática do projeto que visa testar e aprofundar o conhecimento sobre o património alimentar corvino.

A confeção contou com a colaboração da Senhora Conceição Mendes, membro da comunidade que, com grande generosidade, partilhou a sua receita e os saberes associados, resultantes de uma experiência de vida ligada à tradição. Sob a sua orientação, foi possível acompanhar cada etapa do processo, desde a preparação dos ingredientes ao lento assar da carne, enquanto se partilhavam memórias, gestos e histórias à volta do fogão.

O ambiente foi de partilha e reencontro. Os aromas do alho, da cebola, das especiarias e da carne a assar preencheram o espaço, despertando memórias antigas e evocando o sabor genuíno das cozinhas de outros tempos.

O Ecomuseu do Corvo expressa um profundo agradecimento à D. Conceição Mendes pela sua disponibilidade e saber, bem como a todos os que contribuíram com os ingredientes e participaram nesta sessão.

Esta ação interna foi mais um passo na preservação e valorização de um património que é de todos e que se mantém vivo sempre que é partilhado.

Para breve teremos mais uma sessão experimental dedicada a outra receita e com a participação de outro membro da comunidade.

Um bem-haja a todos os que colaboram e ajudam a vivicar o património da ilha do Corvo.

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Recriações do Património

Dia Aberto dos Moinhos 2023

O Ecomuseu do Corvo promoveu, pelo terceiro ano consecutivo, o Dia Aberto dos Moinhos, sob o mote “Moinhos que guardam Memórias”. Esta atividade decorreu no dia 15 de julho, a partir das 14h30, junto aos moinhos de vento.
Os moinhos de vento, tal como as eiras e a atafona do “Lourenço”, são testemunhos construídos de um passado não muito longínquo, em que os cereais eram a base da alimentação e o trigo era a moeda que saldava os pesados impostos a que a comunidade corvina esteve sujeita.
Com esta atividade pretendeu-se dar vida a este património, chamar a atenção para o inestimável valor patrimonial dos moinhos tradicionais, valorizar as memórias e as tradições a eles associadas, garantindo a sua salvaguarda e, em simultâneo, criar processos educativos e de capacitação da comunidade.

Pretendeu-se, assim, promover um dia aberto dos moinhos de vento, com a abertura ao público dos três moinhos de vento. Com esta atividade visa-se dar a conhecer à comunidade, principalmente aos mais jovens, todo o processo de moagem, desde a montagem das velas, ao rodar da carapuça e à sua fixação, a moagem propriamente dita, a travagem e controlo do grão da moagem, culminando no ensacar da farinha, pesagem e pagamento ao moleiro.
Para tal contámos com a colaboração dos seus proprietários e dos anciãos, testemunhos vivos desta atividade, que assumiram o papel de guias intérpretes.
Em simultâneo, decorreu uma exposição de réplicas em miniatura de moinhos, atafonas e eiras; uma mostra artesanal, desenvolvida em parceria com os artesãos locais e o CADA (Centro de Artesanato e Design dos Açores); jogos do património e desafios do “Falar Corvino”, bem como outras recriações.
Esta atividade contou também com o apoio dos serviços de ilha da Secretaria Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas e da Secretaria Regional do Ambiente e Alterações Climáticas. 

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Recriações do Património

Recriação do Dia da Lã 2023


A tradição do dia da lã está associada aos primórdios do povoamento da ilha Corvo. Esta tradição, hoje extinta, estava relacionada com a tosquia comunitária das ovelhas e deixou memórias que têm passado de geração em geração e marcam a História e a identidade do povo do Corvo.
O dia da lã, que ocorria na segunda-feira do Espírito Santo, para além de ser um dia de trabalho era, também, um dia de festa!
Para relembrar este dia a comunidade do Corvo realizou, no dia 20 de junho, a recriação da tosquia.

As mãos que se unem no labor do “Dia da lã”.

No dia 20 de junho (feriado que assinala a elevação, em 1832, da povoação do Corvo à categoria de Vila e sede de Concelho) foi possível, com a colaboração imprescindível da comunidade, fazer, pelo segundo ano consecutivo, a recriação do “Dia da lã”.

Um agradecimento a todas as pessoas e instituições que se uniram e foram parte ativa na concretização desta recriação. Partilhamos algumas imagens deste dia, que no passado significava um dia de trabalho e, também, um dia de festa.

Vivificar e transmitir o Património do Corvo é muito mais que um trabalho! É uma Missão a prosseguir.

O Ecomuseu somos todos nós!

A construção social dos locais de memória.